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Refletindo a própria prática

Sou Tereza Cristina Machado de Moura Farias e estou na Rede de Olinda há quase 16 anos. Comecei como professora de Educação Infantil, permanecendo por três anos na sala de aula e mais dois anos no Ensino Fundamental como professora regente. Fiz seleção interna para assumir a coordenação pedagógica e, de lá para cá, aprendi muito para a minha prática como coordenadora pedagógica.

Trabalho na Escola Municipal Professor Wilson de Souza, com crianças de 4 a 15 anos, e no Anexo Creche Tancredo Neves, com crianças de 6 meses a 3 anos, na histórica cidade de Olinda, Pernambuco, nas modalidades de Educação Infantil e Ensino Fundamental, estando na coordenação há aproximadamente 10 anos.

Antes de o Programa chegar à cidade, minha função na escola era muito mais administrativa do que apoiando e coordenando o pedagógico. Fazia de tudo um pouco e, depois do projeto, que considero um divisor de águas, meu trabalho mudou completamente. Passei a exercer um papel de fato e de direito como FORMADORA.

Com isso, fui levada a ter que me organizar em dois espaços diferenciados (escola-base e anexo), com todas as dificuldades estruturais existentes. Confesso que a minha rotina não é fácil, porque tenho que me dividir entre o Infantil e o Fundamental, além de trabalhar em dias alternados nas duas instituições. Com a exigência para as formações, tive que estudar mais, pesquisar, tornar-me inovadora e, para isso, tive que me encantar primeiro para encantar as minhas professoras.

Os impactos e avanços obtidos com o projeto foram muitos: tornei-me uma profissional focada mais nas crianças e na atuação das professoras, com mais sensibilidade, porque aprendi a prestar mais atenção e a escutar o que essas crianças dizem e sentem, a pensar em resolver e criar estratégias aos desafios apresentados, a respeitar as diferenças, a escutar todos do grupo e a cada professora individualmente, a tematizar as práticas, a sistematizar os conhecimentos, a potencializar os saberes e as práticas pedagógicas por meio de ferramentas tecnológicas que o AVA nos proporciona. Enfim, o Programa veio realmente mudar o meu olhar para a minha prática, que antes era de coordenar e resolver problemas mais de ordem burocrática, administrativa e disciplinar (apagando os incêndios existentes).

Hoje, eu me encontro empoderada, ciente e segura do meu papel dentro dos espaços onde exerço a função que passou a ser de coordenadora-formadora, e com um grande desafio pela frente, que é preservar a luz nos olhos das minhas professoras, mantendo-as criativas e motivadas no exercício diário da função e a lutar para que a minha escola ofereça condições cada vez melhores para as nossas crianças, para que realmente tenham um desenvolvimento pleno e integral a que têm direito.

Por isso, tenho muito que agradecer ao programa Paralapracá, ao Instituto C&A, à Avante, às técnicas Célia Regina e sua equipe, enfim, a todos que, de alguma forma, contribuíram para a melhoria da minha prática diária. Obrigada a todos vocês!