Dona Aranha: Olinda explorando a linguagem plástica e musical

A escuta das crianças possibilitou ampliar nossa visão acerca das reais necessidades dos estudantes. Dessa forma, passamos a oportunizar um currículo não só voltado para as crianças, mas também desenvolvido com elas. Esse olhar propiciou a vivência da Dona Aranha, no qual, observando as crianças nos momentos livres, percebi que estavam sempre a reproduzir as cantigas de roda.
Como estamos desenvolvendo o projeto Aqui, ali e acolá! Explorando terra, céu e mar, utilizamos as experiências vivenciadas e buscamos a conscientização da preservação do meio ambiente de forma lúdica, por meio de oficinas de brinquedos e aulas extracurriculares, para explorarmos diferentes espaços.
Por isso, o manuseio de materiais concretos possibilita às crianças a interação social e novas experiências, dando significado as suas vivências por meio das diversas linguagens. O trabalho manual favorece a exploração do espaço e o prazer de transformar determinados objetos em outros. As crianças demonstraram o cuidado com o outro e a valorização estética de suas criações. Nas falas dos alunos durante a oficina:
–“Tá bonito o dela, né? Olha o meu!” (Gabriel, 5 anos).
“O meu também!” (Kátia, 4 anos).
Portanto, a construção da Dona Aranha, a partir da garrafa pet, foi um momento de grande descoberta e prazer. A reutilização do produto possibilitou uma reflexão sobre o meio ambiente, a reciclagem e a sustentabilidade para o bem-estar social e a preservação da natureza:
Essa convivência e essa experiência em torno do brincar são facilitadoras do processo de transformação do indivíduo, do grupo e do ambiente social (FRIEDMANN, 2012).
Dessa forma, percebemos que a vivência estimulou o lado criativo e a participação de todas as crianças, dialogando, ouvindo a música, cantando, dançando e construindo a partir da melodia.


