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Explorando o mundo por meio do seu mundo

 Mais uma semana chega ao fim, com experiências incrivelmente ricas e cheias de encantos! Quantos saberes nós adquirimos!

Iniciamos o mês de setembro trabalhando com as crianças o aniversário do nosso município, como ele surgiu, porque tem esse nome e quem foram os primeiros habitantes. Tantas coisas tínhamos a curiosidade de descobrir e desvendar, e assim fomos fundo em busca de nossas respostas e mergulhamos em uma fonte, sedentos por água.

O primeiro questionamento das crianças foi por que o nome do nosso bairro é chamado de Fonte da Caixa. Para descobrir tal mistério, convidamos pessoas da comunidade para explicar, e assim descobrimos que havia uma fonte muito antiga no local, feita pelos indígenas e jesuítas, no formato de uma  caixa, feita com madeira. Então, por este motivo, deu-se o nome de Fonte da Caixa. As crianças ficaram encantadas com tal descoberta e resolveram pedir para descobrirmos essa fonte.

Investigamos se essa fonte ainda existia, mas, para nossa surpresa, ela já foi soterrada, dando lugar à construção de casas. Para nossa alegria, soubemos também que existem, ainda hoje, outras fontes no local daquela época. Nelas, as mulheres da comunidade lavavam roupas, como na Fonte do Buraquinho. Fomos, então, ao local com as crianças, que ficaram espantadas ao saber que, há tempos atrás, não existia água encanada na comunidade e as pessoas usavam essa fonte para lavar roupa e até beber a água, pois lá se encontrava uma fonte de água mineral cristalina.

Voltamos para a escola com bastante conhecimento, mas nossa exploração de mundo não se esgotou aí: no caminho para a escola, as crianças avistaram uma criação de cabras e foram até lá explorar. Conversaram com os bichinhos, acariciaram e se divertiram muito.. Por incrível que pareça, os animais foram bem  receptivos com as crianças, que ficaram em êxtase. Que delícia é explorar!

No dia seguinte, foi a vez de descobrirmos onde começou a história do nosso município. Em Abrantes, fomos com as crianças visitar a Igreja do Divino Espírito Santo. Descobrimos que parte da história do Brasil começou lá. A igreja foi construída pelos jesuítas e índios, os primeiros habitantes de nosso país e de nossa região. Avistamos também o local onde seria uma aldeia indígena e que hoje é umas das igrejas mais antigas do Brasil, toda construída de pedras trazidas da praia. Podemos ver no chão e nas paredes o esforço dos nossos ancestrais. As crianças ficaram impressionadas ao ver no piso da paróquia e, nas paredes, conchinhas do mar. Ficaram impressionadas ao saber que as pedras das paredes foram coladas com óleo de baleia. Como nossa história é rica e linda!

Fomos visitar também a praça da igreja matriz. O lugar já foi um cemitério, e um campo de futebol. As crianças se divertiram bastante e exploraram a linguagem que lhes é nata: o brincar.

Continuamos explorando nossa cidade e fomos conhecer algumas plantinhas. Conhecemos o pau-brasil, vimos até um pé de jabuticaba, um pé de sapoti, de noni, entre outras árvores que proporcionaram liberdade no olhar das crianças. Tivemos a oportunidade de conhecer até mesmo uma cotia.

Encerramos nossa semana mais sábios e conhecendo outros aspectos sobre a nossa história, bem como uma indagação para a próxima semana, feita por um aluno. Ao ver na bandeira de nosso município o brasão com a imagem de um coqueiro, ele questionou: “Pró, por que tem um coqueiro no brasão da nossa bandeira?”. Eu respondi que é devido à enorme quantidade de coqueiros que existem em nossa região, tanto que é chamada também de Estrada do Coco. Mas a dúvida dele não se encerrou e continuou a me indagar: “Pró, a gente viu no dia da plantação que as plantas nascem da semente. E o coqueiro, como a gente planta se o  coco não tem semente?”. Deixei que eles pensassem, e assim iniciaremos, na próxima aula, mais uma investigação.

Encerramos mais uma semana sanando algumas dúvidas e provocando outras. Vamos agora descobrir como nascem os coqueiros e porque em nossa região tem tantos pés de coco.

Ate a próxima, gente!

Um abraço.