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Relato de experiência formativa ligada aos princípios do Paralapracá

Sou professora com muito orgulho. Especificamente, estou há mais de 10 anos desenvolvendo meu trabalho na Educação Infantil, lócus onde eu me encontrei profissionalmente e sentimentalmente. Acredito que é uma ligação de amor, e não saberia fazer outra coisa com tanto gosto, aquele gosto gostoso de descoberta e amor diários, que só quem vive, consegue ter a dimensão concreta do que estou falando aqui… mas não trabalho por amor e sim trabalho COM AMOR.

Formação de formadoras – Paralapracá

Formadoras: Patrícia e Jacqueline

Educadoras: Robyana, Karla, Aldarley, Dirce e Marjane

ATIVIDADE:  Prática 2 – Desenhos estereotipados

Primeiro momento:

Convidamos a nossa equipe a se molhar numa breve chuva de conhecimentos.

Começamos nosso encontro sentando as educadoras em cadeiras. Colocamos em cima da mesa apenas uma caixa com lápis de cor, giz  de cera e hidrocor e fizemos as seguintes  indagações:

  • Vocês lembram de seus cadernos de desenho da escola?
  • Quais imagens existiam neles?
  • Os seus desenhos se pareciam com o desenho de algum colega?

Após esse momento, convidamos o grupo para fazer o desenho de uma árvore.

Podia ser a árvore que cada um desenhava quando era criança. Ao finalizar, recolhemos os desenhos para dar início à próxima etapa.

Segundo momento

Demos continuidade ao momento com a seguinte dinâmica provocativa e intencional, para causar uma tempestade de ideias e reflexões no grupo.

Iniciativa – ilha

Colocamos um grande tapete de tecido redondo sobre o chão e convidamos as participantes para ficarem em cima dele. Em seguida, falamos que aquele espaço era uma ilha. Tudo em volta, consequentemente, seria o mar. Lançamos, então, as perguntas: o que fariam? O que estavam sentindo? O que queriam? Passados cinco minutos, encerramos o momento.

Surgiram diversas ideias: ficar na ilha e esperar; organizar as tarefas para otimizar o trabalho de todos; construir um barco com a ajuda dos demais; fazer todo dia uma fogueira; escrever na areia pedindo socorro… a partir dessas falas, fizemos nossa intervenção e abrimos caminho para o significado maior do nosso encontro formativo, que tinha como objetivo mostrar que, na situação do dia a dia, é importante demonstrar criatividade, iniciativa e desprendimento, bem como ter disposição para aprender o novo, sem descartar os saberes já construídos, mas, sim, reconstruí-los, ressignificando ideias e ações coletivamente e, acima de tudo, não perder as esperanças de sair das ilhas que criamos em nossas práticas. Assim, passamos para o próximo passo.

Terceiro momento

Poderíamos    tematizar         a          prática, selecionando            e mostrando algumas imagens de árvores ao nosso grupo – por intermédio de imagens de revistas, fotos, desenhos, obras de artistas plásticos, livros infantis etc., como sugerido no AVA. Porém, optamos pela proposta de explorarmos o próprio CMEI [Centro Municipal de Educação Infantil], caso houvesse a possibilidade, e então passeamos pelo entorno das salas de aula, pois nosso CMEI tem muita área verde, fato que nos possibilitou ver nossas árvores, que, em sua maioria, vale salientar, nós mesmos plantamos.

Durante a apreciação das imagens ou do espaço, sugerimos ao grupo que observasse com atenção as formas dos troncos, o tamanho das copas, as cores, as diferentes texturas, etc.

 Quarto Momento

  • Convidamos as educadoras para uma atividade, a fim de explorarem a livre expressão de cada uma, e pedimos que fizessem o desenho de uma árvore, na qual teria como referência um sentimento ou experiência pessoal.
  • Solicitamos que fizessem também uso do novo olhar que construíram com a apreciação das árvores e que, ao final, poderiam intitular o trabalho.

E foi mãos à obra!

Quinto momento

Exposição e diálogo:

  • Expomos as obras uma perto da outra e começamos com nossas reflexões, que foram muitas: dialogamos sobre o processo de produção de cada uma, sobre o que ocorreu interna e externamente, a partir dessa vivência.
  • O processo criativo pessoal e sua importância. O antes e o depois das tempestades de ideias e vivências.


Agradeço, por oportunizarem esse momento e tantos outros. Foi e é maravilhoso!

Obrigada, Paralapracá!