Grupo de coco de roda Xique-Xique
Ao se apresentar nos eventos para os quais é convidado, é certeza de um momento de muita animação e riqueza cultural maceioense. Assim, o grupo de coco de roda Xique-Xique cumpre muito bem a importante missão de perpetuar essa tradição cultural nordestina. O grupo foi criado no dia 17 de maio de 2000 para animar a festa da comunidade de Santo Antônio, em Jacintinho (um dos bairros mais populosos de Maceió, Alagoas). Hoje, o grupo é formado por duas atividades culturais: o coco de roda e a quadrilha junina, tendo 187 componentes ao todo. Segundo Nilton Rodrigues, coordenador do grupo, as apresentações do grupo chegam a cerca de 80 por ano.
A coreografia impecável, o figurino deslumbrante e a energia contagiante dos componentes fazem todos vibrarem e aplaudirem. Mas nem tudo depende da garra do grupo. Os participantes se deparam com dificuldades financeiras. O figurino é bastante caro, pois é necessário muito tecido, brilho e rendas. Por isso, os organizadores correm atrás de recursos para se apresentar. Outra dificuldade é a falta de local para ensaios. Mas a força e a vontade sobrepujam esses entraves.
O grupo já se apresentou duas vezes no maior festival de cultura do Brasil, na cidade de Olímpia (SP): em 2010 e 2016. O Xique-Xique representou Alagoas no Salão de Turismo Rota BR 101, em Natal (RN). Diante de tanto trabalho, o reconhecimento veio por intermédio de convite para se apresentar no Chile. Porém, a equipe não conseguiu ir devido ao alto custo das passagens.
Essa manifestação cultural é passada de geração em geração. Apresentar-se nas escolas para um público infantil significa manter uma tradição local rica e potente, deixando viva essa expressão cultural que encanta a todos. As cores, o brilho e a coreografia deixam todas as crianças com vontade de dançar (e até arriscam alguns passos!).
O CMEI Liege Tavares, reconhecendo a necessidade de inserir no universo infantil a cultura da cidade e de seu bairro, convidou o grupo para uma demonstração no espaço da instituição. Os pais das crianças, a comunidade e funcionários contemplaram essa maravilhosa dança, que é o coco de roda. Dificilmente alguém ficava parado. Os instrumentos, as batidas e as pisadas davam ritmo e vida à dança.
O COCO DE RODA
Pensar em Maceió é considerar a existência de um grande celeiro de manifestação cultural e, do rico patrimônio, citamos o coco de roda, dança típica do Nordeste que, segundo alguns registros, surgiu na zona fronteiriça entre Alagoas e Pernambuco. Os grupos de coco de roda se apresentam em outros estados e países, contribuindo, dessa forma, para a valorização da cultura local.