Direito à educação ganha destaque em Prêmio Nobel da Paz desde ano
Fonte: Instituto C&A
Estocolmo (Suécia) – A escolha da paquistanesa Malala Yousafzai e do indiano Kailash Satyarthi como ganhadores do Prêmio Nobel da Paz 2014 teve um grande significado para o campo de trabalho dos direitos da criança: mostrou o reconhecimento do protagonismo dos ativistas na luta contra a opressão das crianças e dos jovens e pelo direito de todos eles à educação.
O Prêmio Nobel foi idealizado pelo intelectual sueco Alfred Nobel em 1885, em seu testamento, um ano antes de sua morte (1886). A distinção passou a ser concedida pela Fundação Nobel a partir de 1901 e visa premiar pessoas que prestaram grandes serviços à humanidade nas áreas de literatura, física/química, medicina e direitos humanos (paz).
A escolha do vencedor de cada categoria é feita por uma instituição especializada na área. Em todos os segmentos, o valor do prêmio pago pela Fundação Nobel aos vencedores em coroas suecas equivale a mais de R$ 2,5 milhões.
Com apenas 11 anos de idade, Malala chamou a atenção do mundo em razão do atentado cometido contra ela pelo Taleban, o movimento fundamentalista islâmico nacionalista existente no Paquistão e Afeganistão. Malala lutava por seu direito de ir à escola: estava em numa perua escolar quando houve um ataque e ela foi atingida por um tiro na cabeça. Hoje, aos 17 anos, morando na Inglaterra com a família desde o atentado, Malala tornou-se uma referência mundial na área da educação e é a autora do best-sellerEu sou Malala (Companhia das Letras, 2013).
Satyarthi foi fundador e presidente da Campanha Global pela Educação (CGE) e também criou a Marcha Global contra o Trabalho Infantil. O ativista já havia sido indicado ao Nobel em 2006.
Para Patrícia Lacerda, gerente da área Educação, Arte e Cultura do Instituto C&A, o prêmio reconhece o direito à educação como base da democracia, da justiça social e da paz. “A escolha tem total sintonia com a aspiração do Instituto C&A, que aponta para a ‘garantia do direito à educação de crianças e adolescentes, para uma sociedade participativa, justa e sustentável’”, diz.
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