Projeto Paralapracá ganha espaço em evento acadêmico em Pernambuco
Fonte: Instituto C&A
Garanhuns (PE) – No dia 29 de agosto, o projeto Paralapracá do Instituto C&A foi apresentado no V Encontro de Pesquisa Educacional de Pernambuco (Epepe), realizado na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Garanhuns. A exposição foi feita por Maria Aparecida Freire, assessora pedagógica do projeto no município de Olinda (PE).
O projeto Paralapracá é uma ação do programa Educação Infantil do Instituto C&A e visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto se desenvolve em aliança com secretarias municipais de educação e possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. A iniciativa é implementada em parceria técnica com a Avante – Educação e Mobilização Social, de Salvador (BA). Além de Olinda, participam do projeto os municípios de Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE) e Natal (RN).
O Epepe é realizado a cada dois anos pela Fundação Joaquim Nabuco. A iniciativa busca promover a comunicação, a socialização e o intercâmbio de pesquisas científicas e experiências acadêmicas vinculadas aos programas de pós-graduação e a instituições de pesquisa em educação do Estado de Pernambuco.
Entre os principais objetivos do encontro estão socializar os resultados das pesquisas em educação realizadas por grupos de pesquisas, pesquisadores, professores e estudantes das instituições de ensino superior e pesquisa do Estado de Pernambuco; analisar e discutir referenciais teóricos e metodológicos relacionados às temáticas de pesquisa em educação; e engajar grupos de pesquisa na discussão de políticas voltadas à educação, em todos os níveis, bem como na formulação de estratégias para a melhoria de condições de desenvolvimento acadêmico e científico. A quinta edição do evento aconteceu entre 27 e 29 de agosto de 2014.
O encontro é voltado a acadêmicos e estudantes da área de educação e abriu, pela primeira vez, um espaço para o relato de experiências. “Quando vi essa possibilidade, me inscrevi logo. Não podia desperdiçar a chance de levar para a academia a experiência do projeto Paralapracá”, relata Maria Aparecida.
Segundo a assessora, a apresentação no Epepe foi uma oportunidade de quebrar a resistência do meio acadêmico em relação a parcerias feitas pelo poder público com organizações da sociedade civil. “Após minha fala, o público se mostrou interessado e recebi os parabéns pelo trabalho realizado”, afirma.
A apresentação de Maria Aparecida teve o título “Eu soube que neste programa a gente só brinca? Desafios de uma formadora na consolidação de um currículo fundado nas interações e brincadeiras”.
O brincar é tema de um dos eixos formativos que orientam o projeto Paralapracá – o eixo “Assim se brinca”, que se dedica a valorizar o brincar como direito e forma de expressão da criança, fundamental para o seu desenvolvimento.
“Mesmo contando com contribuições de pesquisadores e estudiosos sobre o papel fundamental do brincar no desenvolvimento pleno das crianças, ainda temos uma desvalorização dessa linguagem nas creches e pré-escolas. Algumas vezes, o brincar só tem valor quando atrelado ao ensino de conteúdo didático. Durante a apresentação, eu apontei os desafios de ser formadora de profissionais da educação infantil dentro do projeto Paralapracá, no que se refere à consolidação do brincar como algo estruturante na rotina de creches e pré-escolas”, conta a assessora.
Sobre o trabalho realizado por meio do projeto Paralapracá em Olinda, Maria Aparecida apresentou o exemplo da creche Mãe Outra que, após um ano de projeto, tem em sua entrada um cabide com fantasias e acessórios. “A proposta é incentivar professores e crianças ao faz de conta”, diz. “O brincar agora tem outro lugar na escola. Ele é assumido por professores e pela instituição.”
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