Sinfonia de aprendizados
Salvador (BA) — O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do projeto Paralapracá lançou o conteúdo de seu eixo formativo Assim se Faz Música. Da mesma forma como ocorre com as áreas referentes aos demais eixos formativos do projeto Paralapracá (Assim se Faz Artes Visuais, Assim se Brinca, Assim se Faz Literatura, Assim se Organiza o Ambiente e Assim se Explora o Mundo), o novo espaço é repleto de informações, teorias e sugestões de atividades cobrindo atemática.
Entendida pelo projeto Paralapracá como uma linguagem, a música se destaca como mediadora de relações e de interações com a cultura e a natureza. “O fazer musical no contexto da educação infantil não é, e nem pode ser, apenas uma conquista exclusiva dos músicos”, avisa a recém-criada seção do AVA. “Vamos embarcar nesse mundo de novas e surpreendentes descobertas!”, convida o ambiente.
Produzido pelo especialista Edmar Brasil, com o apoio de Lilian Galvão, coordenadora de educação a distância do Paralapracá, o conteúdo do Assim se Faz Música sobressai pela profundidade. “Estamos ampliando o conteúdo a cada eixo”, avalia a coordenadora. “O Assim se Faz Música tem muitas conexões com outros links da internet e busca referências mais inovadoras”, conta Lilian, lembrando que o esforço da equipe de educação a distância é sempre oferecer repertórios de maior qualidade para as redes e criar conexões que inspirem todos os frequentadores do AVA do Paralapracá.
Dividido entre “Atividades”, “Pautas” e “Registros”, o eixo formativo apresenta diversas possibilidades de fazer música envolvendo as crianças, a comunidade e os professores das instituições. A experiência de construir instrumentos musicais se mistura com sugestões de leitura sobre o tema, reflexões sobre o lugar que a música ocupa nas instituições de educação infantil e brincadeiras musicais.
Para envolver a comunidade, a proposta é de diálogo permanente. Por trás dela está o pensamento de que, quando a instituição de educação infantil conhece sua comunidade, pode garantir o acesso ao repertório musical ali presente. “Por isso, é importante pesquisar sobre a experiência musical das famílias das crianças para, então, tomar decisões sobre como lidar com cada realidade. Será que é possível utilizar esse repertório na instituição, valorizando essa cultura? Será que é preciso ampliar esse repertório porque há um conhecimento restrito de músicas para crianças?”, questiona o AVA.
Para garantir o trabalho de envolvimento que os coordenadores pedagógicos fazem junto aos professores, o espaço advoga a “caminhada em favor de uma vivência sonora que permita exercitar outras competências, como aprender a escutar com atenção e disponibilidade, perceber, relacionar, sentir e comunicar”. Entre os diversos vídeos disponibilizados no espaço ? com canções, músicos e brincadeiras?, o AVA apresenta o resultado de uma parceria bem-sucedida realizada em Olinda (PE), um dos municípios que implementam a metodologia do projeto Paralapracá em rede de educação infantil.
Na cidade pernambucana, as formações das coordenadoras pedagógicas no eixo Assim se Faz Música acontecem em parceria com o Centro de Educação Musical de Olinda (Cemo) e com Yves Guet, músico francês e luthier que tem grande experiência em oficinas de musicalização e fabricação de instrumentos. O termo luthier se aplica a músicos especializados na construção e no reparo de instrumentos de corda com caixa de ressonância, como a guitarra e o violino. “Yves Guet desenvolveu exercícios de ritmo e de voz com as coordenadoras pedagógicas, além de demonstrar o uso de um instrumento por ele fabricado, o Jeryncane, que se aproxima da Kimbala”, descreve o AVA. “Estabeleça parcerias, crie sinergias!”, incentiva.
Sinergia é palavra-chave em todas as páginas do eixo formativo. Dedicado ao fomento e à troca de ideias e de registros entre os profissionais da educação infantil, o novo espaço também convida as coordenadoras pedagógicas a postarem ali seu planejamento, que pode ser comentado pelas outras usuárias e pelas assessoras do projeto Paralapracá.
Em tempo: o AVA é um ambiente de uso restrito para os participantes do projeto Paralapracá. Todavia, em breve, a seção Assim se Faz estará em ambiente aberto para todos os interessados.
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