Novo eixo formativo tem início durante a IV Formação Paralapracá
O projeto Paralapracá deu início ao eixo Assim se Faz Arte durante o IV Encontro de Formação que aconteceu no mês de maio e, assim, inseriu a valorização das artes visuais na formação continuada do projeto. O encontro reuniu aproximadamente 20 profissionais, entre assessoras pedagógicas que integram o corpo técnico do projeto, supervisoras e gerentes de educação infantil das Secretarias de Educação dos municípios participantes. A formação foi realizada pela Avante – Educação e Mobilização Social, parceira técnica do Instituto C&A na implementação e execução do projeto nos municípios.
Para oferecer uma vivência com artes visuais, foi convidada a arquiteta e artista plástica Rejeny Rocha que criou um ambiente propício para a produção dos participantes que, ao final, refletiram sobre a sua obra. “A oficina oportunizou ao grupo um mergulho na produção de artes visuais e uma ampliação de repertório”, diz Mônica Samia, coordenadora-geral de implementação do projeto Paralapracá na Avante. Segundo Mônica, a oficina foi convergente com a metodologia de formação do projeto Paralapracá, que procura fazer com que os profissionais da Educação Infantil que participam da formação vivenciem experiências e, a partir delas, melhorem suas práticas, articulando saberes e fazeres.
Rejeny explica que a oficina foi planejada com o intuito de introduzir noções teóricas e práticas para fundamentação do ensino dessas linguagens artísticas por meio de vivências de reflexão, apreciação e produção; e de inserir o eixo Assim se Faz Arte nas pautas da formação. “No momento da oficina de artes plásticas, enquanto as educadoras produziam suas obras, elas entoavam cantigas infantis relembrando os tempos de criança. Isso serviu de inspiração para desenvolver sua percepção em relação às necessidades das crianças”, complementa Rejeny, ao chamar a atenção que a arte não é teoria, é sensação e prática.
Durante a oficina, a especialista em arte-educação ressaltou alguns pontos que são necessários aos educadores para que estejam mais atentos para o melhor desenvolvimento das crianças. “É preciso perceber e respeitar a bagagem cultural de cada criança para que todas se desenvolvam nas linguagens artísticas, aceitando e compartilhando a diversidade cultural; entender como elas são diferentes e que, por isso, cada uma tem sua própria forma de expressão; ficar atento ao processo delas de várias maneiras, como escutar suas falas e observar seus movimentos, respeitar a singularidade de cada uma, suas dificuldades e avanços, seu tempo de produção.”
Iany Bessa, assessora do projeto Paralapracá em Maracanaú, reforçou os pontos levantados por Rejeny quando compartilhou com o grupo sua preocupação em relação ao respeito à produção da criança pequena. “Quanto mais a criança garatujar, mais rápido ela vai para o rabisco e depois vai evoluindo nesse traço. É respeitando este processo que ela vai se sentir mais segura para se arriscar a pintar. Se a criança já recebe esse desenho xerografado, aí já está tudo determinado, ela percebe que já veio pronto, e pensa ‘como vou interferir aqui?’. Fica mais complicado para ela.”
Além de subsidiar o grupo em relação ao eixo Assim se Faz Arte, o encontro formativo também teve como objetivos apresentar a proposta de formação a distância do Paralapracá, que será implantada em breve por meio de plataforma virtual; monitorar o desenvolvimento do projeto nos municípios; traçar encaminhamentos; e vivenciar momentos de ampliação cultural.
O projeto Paralapracá está sendo implementado nos municípios de Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda (PE). A iniciativa visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto se desenvolve em aliança com secretarias municipais de Educação e possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores.
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