Paralapracá apoia sustentabilidade dos processos formativos nos municípios
A formação continuada nas instituições, o fortalecimento do papel das coordenadoras pedagógicas como formadoras e a efetivação de práticas pedagógicas em consonância com as concepções do Paralapracá são alguns exemplos de avanços conquistados nos municípios parceiros no ciclo II do programa. Em Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda (PE), o projeto tem desenvolvido um movimento de fortalecimento das redes parceiras para aprimorar as políticas de educação infantil e o atendimento das crianças nesta etapa.
O desafio é garantir as conquistas fomentadas pelo Paralapracá nas futuras gestões municipais. Entre elas, a formação continuada dos profissionais da educação infantil com base nos princípios do programa, como explica a coordenadora de apoio à sustentabilidade do Paralapracá, Fabíola Bastos. “O movimento do programa Paralapracá é incentivar que as equipes técnicas desenvolvam os processos formativos de forma autônoma, garantindo as formações nas instituições e a tematização da prática como principal estratégia de formação.”
A proposta de sustentabilidade dos processos formativos vem sendo assimilada pelas redes, progressivamente, como é o caso de Maracanaú. “Defendemos a importância da continuidade das formações nas instituições. Desse modo, os princípios do programa ganham vida na rede. De forma gradativa, estamos conquistando avanços na Educação Infantil, compreendendo que as linguagens e a cultura da infância fazem parte desse processo”, ressalta a gerente de educação infantil do município, Solange Silvestre.
Já a gerente de educação infantil da rede municipal de Olinda (PE), Simone Almeida, ressalta a leveza com a qual a proposta formativa do programa tem sido acolhida. “A rede de Olinda se apropriou das concepções do Paralapracá de maneira tão intrínseca, que as ações para a sustentabilidade do projeto são realizadas com entusiasmo, prazer e dedicação”. Ela conta do empenho das educadores para garantir a formação em todas as instituições e cita como exemplo o fato das coordenadoras pedagógicas e das professoras se agruparem por região geográfica para planejar, compartilhar e realizar as formações nas instituições, “especialmente agregando aquelas que não possuem coordenadora pedagógica”.
Reflexão da prática
Refletir constantemente sobre a prática pedagógica, tomando-a como objeto de análise, é a principal estratégia formativa do Paralapracá. Fortalecidas pela formações do programa, esse também foi o caminho escolhido e garantido pelas equipes dos municípios ao longo desses quatro anos de pareceria (2013 – 2016). “Temos investido horas de estudo sobre as potencialidades da tematização da prática e procuramos exercitá-la nas formações com as coordenadoras pedagógicas para que atuem como agentes de transformação nos CMEI”, explica Solange Silvestre.
A formação continuada das coordenadoras pedagógica integra a metodologia do programa, que aposta no fenômeno da reação em cadeia, no qual as vivências de quem participa de uma formação, transformadas em experiências pessoais, ressoam em suas práticas e podem influenciar positivamente outras pessoas. Para que essa experiência seja potencializada, o Paralapracá defende que as formações permaneçam acontecendo dentro das instituições de Educação Infantil, com as coordenadoras pedagógicas fortalecidas em seu papel de formadoras.
Paralapracá
Até 2017 o foco do projeto é o fortalecimento da gestão das políticas públicas municipais de Educação Infantil, juntamente com a promoção da sustentabilidade do processo formativo nas redes municipais parceiras. O Paralapracá é uma frente de trabalho do programa Educação Infantil do Instituto C&A realizado a partir do estabelecimento de alianças com Secretarias Municipais de Educação, selecionadas para participar da iniciativa por meio de edital e implementado em parceria técnica com a ONG Avante – Educação e Mobilização Social, de Salvador (BA).
O programa possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. Integraram o primeiro ciclo do programa os municípios de Jaboatão dos Guararapes (PE), Caucaia (CE), Feira de Santana (BA), Teresina (PI) e Campina Grande (PB). Neste segundo ciclo, que corresponde ao período de 2013 a 2015, cinco municípios integram o projeto: Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda (PE).”
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