Projeto Paralapracá mergulha no tema da avaliação em seminário nacional
São Paulo (SP) – Uma comitiva representando o projeto Paralapracá viajou a São Paulo em setembro para participar do Seminário Nacional de Avaliação da Educação Infantil. O evento aconteceu no dia 17 e foi realizado pelo Instituto C&A, pelo banco Santander e pela consultoria Move – Avaliação Estratégica, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
A comitiva incluiu supervisoras, técnicas e gerentes de Educação Infantil das secretarias municipais de Educação parceiras do projeto Paralapracá; o secretário de Educação de Camaçari (BA), Luiz Valter Lima; e profissionais ligadas ao corpo técnico da Avante – Educação e Mobilização Social, incluindo as assessoras pedagógicas do projeto. Com sede em Salvador (BA), a Avante é parceira técnica do Instituto C&A na implementação do projeto.
O evento reuniu mais de 200 pessoas, entre educadores, gestores, pesquisadores e jornalistas da área. A programação contou com quatro mesas de debates: Política Nacional de Avaliação da Educação Infantil no Brasil; Experiências de Avaliação de Secretarias Municipais de Educação; Experiências de Avaliação por Organizações da Sociedade Civil; e Tendências e Desafios da Avaliação da Educação Infantil no Brasil. Os debates trataram de metodologias e experiências de avaliação na e da Educação Infantil no Brasil, a partir da perspectiva de garantia do direito da criança.
Para Luiz Valter Lima, o seminário foi um momento importante para a ampliação do debate a respeito da necessidade de congregar esforços no sentido de garantir o direito à educação de todas as crianças. “O chamamento à participação ativa do Terceiro Setor junta-se aos esforços já existentes, para dar continuidade e profundidade às transformações que estão ocorrendo em toda parte do país no atendimento qualificado na Educação Infantil”, assinalou o secretário.
Em uma fala na abertura do seminário, Patrícia Lacerda, gerente da área Educação, Arte e Cultura do Instituto C&A, mencionou a importância de assegurar que os investimentos (público e privado) atendam às reais demandas por uma educação infantil de qualidade. “É preciso verificar se esse direito das crianças está sendo acessado pela população. Precisamos pensar na avaliação como insumo fundamental para verificar se os investimentos estão assegurando esses direitos.”
Na plateia e no palco
Além de marcar presença na plateia, o projeto Paralapracá também esteve na agenda do seminário. Maria Aparecida Freire, assessora pedagógica do projeto em Olinda (PE), mediou a mesa de debatesExperiências de Avaliação de Secretarias Municipais de Educação, composta por Sônia Larrubia Valverde, coordenadora da Diretoria de Orientação Técnica da Divisão de Educação Infantil (DOT-EI) da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, e Vânia Araújo, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Maria Thereza Marcilio, consultora-técnica do projeto Paralapracá, também atuou como mediadora no seminário, na mesa de debates Política Nacional de Avaliação da Educação Infantil no Brasil. O painel reuniu Rita de Cássia Coelho, da Coordenadoria de Educação Infantil do Ministério da Educação (MEC); Alessio Lima, da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime); e Jaqueline Pasuch, do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib).
A mesa de debates Experiências de Avaliação por Organizações da Sociedade Civil, por sua vez, detalhou ao público a metodologia que está sendo empregada na avaliação do projeto Paralapracá pela consultoria Move. Especializada em avaliação de projetos sociais e educacionais, a Move foi contratada pelo Instituto C&A para o desenvolvimento da tarefa, em um processo liderado por Bruna Ribeiro na consultoria.
Para Monica Samia, coordenadora de implementação do projeto Paralapracá, o evento foi de extrema relevância, pois evidenciou que há uma disposição de vários segmentos em garantir uma avaliação focada nas condições de atendimento, e não no desempenho da criança. “As avaliações relativas ao desenvolvimento das crianças devem ser realizadas no âmbito das instituições, que precisam elaborar dispositivos para fazer esse acompanhamento, o que já está previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais. As avaliações de larga escala são fundamentais para oferecer informações sobre a qualidade do atendimento.”
Visitas a instituições
A equipe do projeto Paralapracá aproveitou a ida ao seminário para visitar instituições cujas propostas se coadunam com as do projeto. A primeira visita aconteceu logo na chegada a São Paulo, no dia 16 de setembro. A equipe esteve na creche da Fundação Antônio Antonieta Cintra Gordinho, em Jundiaí. Situada a uma hora da capital paulista, a instituição desenvolve um trabalho inspirado na experiência de Reggio Emilia, cidade italiana reconhecida mundialmente como referência de Educação Infantil.
A equipe visitou também a instituição Casa Redonda, localizada em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. A unidade atende crianças de até 7 anos em um ambiente aberto, no qual elas têm contato direto com a natureza e vivem experiências diversas com educadores que estão disponíveis para ampliar seu repertório musical, artístico, corporal, entre outras linguagens. “Entre muito verde e múltiplas possibilidades, as crianças aprendem com liberdade e provam o quanto a aprendizagem pode ser realizada respeitando-se as características desta faixa etária”, constata Monica.
Por fim, a equipe visitou a OCA – Associação da Aldeia de Carapicuíba, localizada também em Carapicuíba. A instituição desenvolve atividades com crianças e jovens por meio de um repertório gestual, plástico, musical e literário da cultura brasileira. “A OCA é mais um exemplo de que a cultura popular e comunitária são essenciais para o fortalecimento da identidade das crianças e a valorização dos seus espaços de vida”, destaca Monica.
O projeto Paralapracá é uma ação do programa Educação Infantil do Instituto C&A e visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na Educação Infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto se desenvolve em aliança com secretarias municipais de Educação e possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de Educação Infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. O projeto está em seu segundo ciclo (2013-2015), que envolve os municípios de Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda (PE).
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