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26/01/2016 | 8:18

Municípios dão passos concretos para expandir o Paralapracá

2016_26_01Olinda (PE) — “Música Paralá, venha pracá! Tem leitura e canção, também tem celebração! Será um rico momento, a infância no coração.” Com esta rima estampada no convite, a Secretaria de Educação de Olinda, em parceria com o projeto Paralapracá e com a ONG Avante Educação e Mobilização Social, convocou os educadores da educação infantil do município para participar, no dia 11 de dezembro, do I Encontro de Formação com Professoras da Educação Infantil.

O encontro é uma das ações realizadas em Olinda com vistas à expansão do projeto Paralapracá para toda a rede municipal de educação. Voltado em seu ciclo 2013-2015 para 30 unidades de educação infantil, o projeto entra agora em uma nova fase, enfocando todas as instituições da rede. O trabalho se desenvolve a partir de uma ação coordenada pela equipe técnica das secretarias municipais de Educação, com o apoio da Avante Educação e Mobilização Social.

A experiência de Olinda exemplifica como este processo de expansão do Paralapracá começa a se dar na prática nos municípios participantes do ciclo 2013-2015 do projeto. “As formações sempre acontecem em separado nas escolas, mas desta vez agregamos todas as professoras, das 30 escolas que fazem parte do projeto Paralapracá e das outras 21 que integram a expansão do projeto, em um só lugar”, explica Simone Almeida, gerente de educação infantil da secretaria. A intenção do encontro, assinala, era possibilitar a troca de experiências e saberes entre as profissionais. Com o tema “Viajando no mundo da música e da literatura”, a formação também buscou correlacionar música e literatura, dois eixos formativos do projeto Paralapracá.

O evento contou com a participação das coordenadoras pedagógicas e das professoras formadoras de todas as instituições de educação infantil do município. A presença das professoras, segundo Simone, foi massiva: “Compareceram ao encontro 200 professoras”, comemora, salientando que o número corresponde a 90% do total da rede.

Além de promover o encontro entre as profissionais, o evento permitiu o contato das professoras com a assessora do projeto Paralapracá em Olinda, Ana Dourado. Responsável pela palestra “Roda de histórias como espaços de interações e brincadeira”, Ana aproveitou o momento para tratar da importância da roda de histórias na educação infantil. “Resgatei princípios de Reggio Emilia para falar sobre o valor da diversidade e da participação da criança em uma roda de história”, relata Ana Dourado. “Também abordei como uma roda de história pode se abrir para questões lúdicas e emocionais”, conta a assessora.

A palestra foi acompanhada por momentos de brincadeira, contação de histórias, leitura de poemas e por debates e conversas sobre as experiências das educadoras ali presentes. O fechamento teve dança e música. “O encontro foi muito participativo e de celebração”, resume Ana.

Em Maracanaú (CE), o processo de expansão do projeto Paralapracá para toda a rede também teve uma marca importante no mês de dezembro. No dia 14, o projeto pautou o encontro anual de professores da educação infantil, que já acontece há nove anos na cidade. Nesta edição, o IX Relato das Experiências Docentes da Educação Infantil teve como tema “A docência na educação infantil e o projeto Paralapracá: diálogos possíveis”.

Com o objetivo de socializar as práticas docentes, especialmente aquelas inspiradas no projeto Paralapracá, o evento reuniu 400 pessoas, entre professoras, coordenadoras pedagógicas e profissionais da Secretaria Municipal de Educação de Maracanaú. O prefeito e o secretário de Educação da cidade, Firmo Camurça e Marcelo Farias, respectivamente, estavam presentes.

“O Paralapracá foi o grande impulsionador do encontro”, afirma Solange Silvestre, gerente de educação infantil da Secretaria Municipal de Educação de Maracanaú. “Nosso objetivo é que as pessoas passem a conhecer o projeto e que ele inspire um trabalho mais qualificado na educação infantil. Estamos trabalhando para que o Paralapracá se espalhe na rede”, diz.

Com recepção da banda Quanto Mais Véio Mió, da Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental (Emeief) Irmã Dulce, o evento contou com apresentações de crianças de diversas instituições de educação infantil, sarau literário, festa do boi-bumbá e muito diálogo sobre as práticas desenvolvidas nas escolas. “Percebemos que o projeto Paralapracá está sendo mais bem compreendido pelos professores e coordenadores pedagógicos. Uma das professoras relatou que antes do projeto ela tinha um conhecimento de educação infantil e que agora tem outro bem mais amplo. Além do suporte teórico, o Paralapracá nos provoca a refletir sobre a criança e traz o coordenador pedagógico como formador no chão da escola”, detalha a gerente.

Durante o evento, Solange participou, junto com a assessora do projeto Paralapracá em Maracanaú, Iany Bessa, e com a supervisora do projeto na secretaria, Francisca Nepomucena, da sala de visitas “Tecendo diálogos com o Paralapracá”. A sala reuniu a equipe formadora do Paralapracá com coordenadoras pedagógicas e professoras da rede. “A partir das falas das professoras, fizemos um diálogo com as práticas, baseado nos cadernos de orientação e de experiências do projeto”, relata Solange. “O evento foi de grande relevância e deixou muitas questões e provocações para 2016. Vamos entrar no ano com mais elementos para fazer esse projeto se firmar na rede”, garante a gerente.

Leia mais:

Rodas de histórias como espaços de “Interações e Brincadeira” – A experiência do projeto Paralapracá em Olinda

Rodas de histórias – Projeto Paralapracá Olinda – parte 1

Rodas de histórias – Projeto Paralapracá Olinda – parte 2

A sabedoria de Reggio Emilia na beleza do Capão

 

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